terça-feira, 30 de maio de 2017

SUBMISSOS - O QUE ESTÁ ACONTECENDO?

Saudações a todos... 

Nas minhas andanças pela net, mais precisamente o Facebook, me deparei com varios textos interessantes. 
Continuando a divulgação de conteudo oriundo de outros reinos, deixo aqui uma reflexão bem interessante retirada da pagina da Rainha Shekinah. Reflete bem a situação atual do BDSM no mundo de hoje.

"Já escrevi alguns textos com orientações a submissos de como se apresentar a uma Domme, como lidar com a concorrência e de se fazer notar. Apontei também erros que o colocam numa posição de desvantagem e no que tange a mim, já fui bem clara sobre como sou e o que busco.
Percebo que todo o propósito de facilitar a comunicação e de ajudar a certos tipos de submisso são em vão. Boa parte não lê nada e tampouco tem conhecimento.
Eu critico a posição de muitos falsos dominantes, assim como critico falso submissos. Acho que precisamos ser justos. Na rede o que mais se encontra são falsos praticantes.
Já propus antes uma reflexão sobre o BDSM que vivemos, e a realidade das redes sociais que conferem o anonimato a charlatões, agressores e pessoas de má índole em geral. 
Eu não proponho ditar nenhuma regra, apenas propor que as pessoas repensem seus comportamentos. O que ao meu ver é saudável.
Não espero de um submisso passividade, acho que existem muitos equívocos aqui. Espero que seja alguém que busque conhecimento tanto quanto eu, e se tiver mais experiência para mim é melhor. Busco que seja alguém esperto, sagaz, inteligente e proativo, que saiba o que quer, que saiba onde está pisando. Posso até iniciar, desde que saiba realmente o que está buscando.
Não quero um tolo, um verme, um inútil. Eu me respeito o suficiente para buscar posses de valor. Mesmo sendo uma prodomme não aceito qualquer um, e muito menos os que buscam aventuras sexuais. Eu não sou erótica, sou sádica e muito feliz com isso.
Acho que educação é fundamental em todas as relações. Olhe o perfil da pessoa que deseja conversa, observe quem é, o que gosta, o que escreve. Tenha assunto, tenha base. A conversa será muito mais interessante e será dispensado um questionário inicial que é cansativo e invasivo ao meu ver.
Falta bom senso nas relações. Não peço que ninguém me chame de Rainha ou Deusa sem ser meu, apenas peço que não me chame de gostosa, o que ao meu ver é sim deselegante. Simples assim.
Não peço formalidade a quem não me pertence, peço educação e infelizmente as pessoas não sabem nem o que isso significa. O que é uma pena. 
Eu se fosse uma submissa iria buscar avaliar o que teria a oferecer. Jamais entraria em grupos alardeando que busco Dono. Não iria me expor. Iria observar e ver as pessoas que se mostram consistentes para assim encontrar uma forma de entrar no meio e de conhecer quem é de verdade.
Todos os dias vejo pessoas dizendo que amam seus Donos para logo em seguida estarem difamando os mesmos na rede. Um troca troca de nomes, de coleiras, de relações. Um desespero burro, uma corrida frenética, sem sentido e sem bom senso.
Se eu como dominante busco ser cada vez melhor, aprender cada vez mais, porque um submisso não pode fazer o mesmo? Somos todos responsáveis por nossas relações. 
Fica aqui então o apelo ao bom senso. Ao cuidado com nosso comportamento. Seja sempre alguém de valor. Seja sempre alguém que não precise se esconder.

Yuri K

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Uma Gueixa para ser adorada e servida

Pois bem, quem me conhece ou me acompanha pelas redes sociais sabe que sou uma pessoa avessa ao lugar comum. Estou sempre em mutação e  isso acaba influenciando as coisas e pessoas ao meu redor.

E no BDSM nao seria diferente. Como sou fetichista por natureza, vou mesclar um pouco de tudo para montar meu reino a minha maneira. 

Vou respeitar e seguir bases e conceitos pré definidos, mas acrescentando pitadas de temperos pouco explorados mundo afora.

Que isso vai restringir meus suditos eu nao duvido, mas os que se permitirem experimentar, pretendo apresentar uma nova experiência em suas vidas.

Sendo assim, vamos começar:

Uma Gueixa Dominadora!

Diferente, não? Afinal a gueixa é uma personagem servil, cujo propósito é fornecer entretenimento a seus clientes. Pois bem, que tal invertermos os papéis? Eu mando e você me obedece. Quem serve será você, aspirante a sudito.







E claro, aceito de muito bom grado contribuições para compor meus figurinos. 

Permita-se e entregue-se a mim!

Yuri K.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Um pouco de conhecimento básico não faz mal a ninguém

Navegando, surfando, viajando pela internet sempre em busca de algo interessante, me deparei com uma série de blogs com conteúdo BDSM bastante interessante. Vou postando a medida do possível...

Sendo assim, vamos começar pelo começo... as definições e variações dos bottons. 

PRINCIPAIS TIPOS DE BOTTOM

O QUE É?

Segundo a definição do dicionário Merriam-Webster:

bot.tom  \’bä-təm \

1. parte mais baixa (de um contêiner, do mar), fundo
2. traseiro


No BDSM, bottom é o parceiro que assume o papel de recebedor das práticas, e.g. bondage, disciplina, humilhação, dominação, sadomasoquismo, etc.
O termo tem origem na comunidade gay, significando o parceiro receptivo, o que está por baixo.


O QUE FAZ?

Como a definição já conclui, o papel do bottom é receber as ações praticadas pelo Top.
De acordo com a enciclopédia online da London Fetish Scene, o bottom é, geralmente, o parceiro que dá as instruções, i.e., eles indicam ao Top o que pode acontecer e em que momentos podem acontecer. Isto pode sofrer variações em uma ampla escala de “quantidade de comandos recebidos pelo bottom”, que definirá sua classificação.

É importante ressaltar que NEM TODO BOTTOM É SUBMISSO AO TOP.


TIPOS DE BOTTOM


NO BONDAGE/SHIBARI(KINBAKU)

Os nomes podem variar de acordo com a ênfase no tipo de restrição.

Cativo – É a pessoa que está amarrada, acorrentada ou aprisionada.
Prisioneiro – É o termo preferencial em casos onde o foco seja o aprisionamento ao invés da contenção direta.
Vítima – É a definição dada em situações onde a ênfase é dada aos castigos sofridos pelo bottom contido.
Dorei – A tradução literal significa “escravo”. Dorei são bottoms do Shibari/Kinbaku, mas diferenciam-se dos bottoms do bondage na questão da servidão. Doreis pertencem ao Kinbakushi/shibarista e estão ali para servir ao propósito do artista das cordas, seja este qual for.

Nenhum destes termos significa que a pessoa está relutante ou de má vontade, ou seja, estes termos DEVEM SER APLICADOS APENAS em situações de CONSENSUALIDADE.



NA DISCIPLINA

Brat – A tradução literal de brat seria algo próximo de pirralho, no sentido pejorativo da palavra. No BDSM, brats são bottoms que têm por hábito responder, desafiar, serem consideravelmente desobedientes, mas sem  faltar com o respeito. Brats jamais se submetem. O Objetivo é ser subjugado. Ao contrário do que se pensa, não é uma busca por atenção, mas sim algo que poderia ser lido, de maneira mais simplista como um "Mande se puder. Conseguiu? Vamos ver por quanto tempo". O que é, aparentemente, uma péssima qualidade pra um submisso, pode, na verdade, divertir alguns Tops – dadas as devidas proporções – e ser um componente importante na relação envolvendo a troca de poder.


NA DOMINAÇÃO

Submisso – Também chamado pela forma abreviada “sub”, é um termo que define uma pessoa que abriu mão do próprio controle e se satisfaz com essa entrega. Submissos podem variar no grau de seriedade, treinamento e situação que assumem e se encontram. Pode ser motivado pelo alívio da responsabilidade, busca por uma sensação de segurança, tornar-se um objeto de atenção e afeição, excitação sexual proveniente de humilhação e até mesmo para demonstrar resistência e perseverança.
Também podem variar no aprofundamento da interação na play, na frequência das plays e até mesmo se consideram o papel de submissão uma questão de plays ou não.

É um termo que pode definir estritamente um bottom na relação de dominação e submissão ou pode ser utilizado de maneira mais generalista para situações variadas onde o bottom abdica dos direitos de tomar as próprias decisões. Todos os termos inclusos na categoria “Dominação” podem ser considerados submissos.

Alpha Sub – é uma posição que só pode existir quando um dominador tem mais de um submisso. Neste caso, o Alpha sub é o submisso a quem é garantido mais respeito e, consequentemente, um certo poder sobre os outros submissos. Geralmente é o submisso mais antigo, mas isso não é uma regra.

Escravo – O ponto extremo da submissão. É tido como “ponto de conhecimento geral” o fato de que, em comparação com subs, escravos entregam o controle mais amplamente ao Dono – ou Mestre. Escravos geralmente não têm, após a negociação, o direito de renegociar, bem como o controle da hora de forçar a barreira dos limites – estes são, por sua vez, definidos pelo dono.
Do ponto de vista do comportamento, escravos costumam ser privados de se sentarem ao mesmo nível do dono, mantendo-se geralmente ajoelhados ou sentados no chão, aos pés do dono.
É comum a citação de que escravidão é um estilo de vida e que escravos não o são por opção, mas por uma necessidade interna que só é saciada pela servidão inconteste.
Escravos geralmente não fazem uso de safeword, dando a concessão absoluta de controle para o dono.
Escravos também podem ser “classificados” (num sentido bem amplo da palavra) em categorias de função: utilitários e/ou sexuais. Sendo o primeiro, um tipo de escravo que realiza tarefas sem conotação sexual, independente da vestimenta – ou ausência da mesma – como escravos domésticos, que são o tipo mais comum e têm como tarefas básicas a manutenção da residência do dono, limpeza, etc. O segundo tipo, realiza tarefas puramente sexuais, sejam estas com o dono ou não, de acordo com a ordem deste, óbvio.
É importante salientar que escravidão não é, necessariamente uma Relação TPE (Total Power Exchange) e o escravo pode – ou não – residir com o dono, bem como pode – ou não – ter um trabalho fora do relacionamento, estudar, se manter e tomar conta das próprias finanças.
Cabe reforçar também que escravidão, no sentido basal da palavra, é terminantemente proibida por lei e rejeitada moralmente. Escravidão no âmbito do BDSM é um comportamento consensual, sendo vedado ao escravo o direito irrevogável de entregar a coleira e sair do relacionamento a qualquer momento (alguns consideram que este é o único direito real do escravo).

Pet – São considerados por alguns como um nível mais profundo de escravidão, onde o bottom abandona o comportamento humano e passa a agir como um animal. Os mais comuns são canídeos (cães, lobos, raposas), felídeos (gatos, tigres, leões) e equídeos (cavalos e pôneis). Este último pode ainda ser dividido em 3 categorias:
Pôneis de carroça – geralmente são atrelados a uma pequena carroça onde o dono se posiciona para ser puxador pelo pet.
Pôneis de montaria – São montados pelos donos e os levam – tanto sobre 2, quanto sobre 4 pernas – na parte posterior das costas ou nos ombros.
Pôneis de exibição – São apenas para exibição de vestimenta ou de adestramento.

SAM (Smat-ass masochist) – Literalmente, Masoquista espertinho. É o submisso que também é masoquista e exibe um comportamento ruim (e.g. sarcasmo, responder, desobedecer) de maneira a receber atenção e se fisicamente castigado posteriormente.

Baby e Little – São bottoms do infantilismo, uma subvertente do Age Play.
Enquanto Babies retratam, literalmente, bebês e usam fraldas, chupam chupetas, desenvolvem uma linguagem (ou falta dela) própria, Littles retratam crianças pequenas, geralmente acabam definindo para si uma idade específica e regulam seu comportamento de acordo com tal.


NO SADOMASOQUISMO

Masoquista - É alguém que gosta de sentir dor, geralmente num âmbito sexual. É um tipo de bottom que, quando exclusivamente masoquistas, se recusam a se submeter, buscando apenas a relação S/M. Masoquistas extremos apresentam uma fisiologia diferenciada quanto à descarga hormonal liberada durante as práticas que envolvem dor. Os níveis de testosterona tendem a cair vertiginosamente, enquanto a adrealina e endorfinas - que causam prazer e podem, literalmente, viciar - são liberadas volumosamente na corrente sanguínea, provocando um estado de euforia e prazer, assim como a percepção do ácido láctico na musculatura, que causa a mesma sensação de prazer de alguém que acabou de sair da academia.
Existem ainda outros hormonios, como serotonina e melatonina que podem ser liberados em situações emotivas ou estressantes, o que, quando bem trabalhado, pode ser uma forma de reforço positivo que levarão à busca pela repetição de tais sensações.
(texto do blog http://dilemasdeumdominiciante.blogspot.com.br) 

E você? Que tipo de bottom você é? 


Yuri K.